Uma jovem de 23 anos que acusa o ex-vereador
bolsonarista Gabriel Monteiro (PL) de tê-la estuprado foi contaminada com o
vírus do HPV, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro. Após o crime,
aponta o órgão, a mulher teria realizado um exame que constatou lesões pelo
vírus.
Monteiro está preso na Cadeia Pública
José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, por determinação do
juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal. Antes de se entregar ao
77º Distrito Policial de Icaraí, o ex-vereador gravou um vídeo em que negou as
acusações e afirmou que provará sua inocência.
O caso de estupro teria acontecido em 15 de
julho, durante a apuração de outras denúncias de abuso sexual pela Comissão de
Ética da Câmara Municipal do Rio. A jovem relatou em depoimento à polícia que conheceu
Monteiro na reinauguração de uma boate na Barra da Tijuca e que de os dois
foram para a casa de um amigo dele, no bairro do Joá.
Segundo ela, o político teria se recusado a
usar preservativos e chegado a apontar uma arma para o seu rosto e a agredi-la
com tapas durante a relação sexual.
“(…) O denunciado trancou a porta do quarto,
retirou a arma da cintura, passou no rosto da vítima, constrangendo-a com o fim
de ter conjunção carnal, e começou a rir. Em ato contínuo, pegou o telefone
celular, para gravar os fatos que se sucederiam, contudo o aparelho estava sem
bateria”, diz um trecho do depoimento, obtido pelo jornal O Globo.
Em agosto, o bolsonarista teve o mandato
cassado pela Câmara por quebra de decoro parlamentar. Gabriel Monteiro é
investigado por assédio sexual e moral e tentativa de estupro, além de
intimidações, agressões e de cometer crimes contra menores de
idade. Nas denúncias analisadas pelos vereadores, quatro mulheres
relataram ter sido vítimas de estupro.
Carta Capital
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