O que falta para a PF concluir o inquérito sobre as joias de Bolsonaro?

Prestes a concluir o inquérito sobre as transações feitas por Jair Bolsonaro e aliados envolvendo joias e outros artigos de luxo recebidos em viagens oficiais, a Polícia Federal ainda analisa o conteúdo dos telefones celulares de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, antes de dar as investigações como encerradas, diz O Globo.

Segundo o jornal, os investigadores estão examinando fotos, vídeos e mensagens trocadas em aplicativos de conversas instalados nos aparelhos.

As investigações apontam que Wassef recomprou um relógio da marca Rolex, que foi presenteado pelo governo saudita a Bolsonaro, em uma joalheria americana.

O que disse Wassef à PF sobre o Rolex?

Em depoimento à Polícia Federal, em agosto de 2023, Frederick Wassef admitiu ter comprado o relógio para “devolvê-lo à União”.

“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos, num banco em Miami, e usei o meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República, isso inclusive por decisão do Tribunal de Contas da União”, disse o advogado.

À PF, ele afirmou ter comprado o item em dinheiro vivo para receber um desconto de 11 mil dólares. Wassef também apresentou dois recibos: um de compra, no valor de 49 mil dólares, e outro de saque, de 35 mil dólares.

Quando o inquérito sobre as joias será concluído?

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou a jornalistas, em 11 de junho, que o inquérito deve ser concluído ainda em junho.

A tendência, segundo os investigadores, é que Bolsonaro seja indiciado por peculato. Se for condenado, o ex-presidente pode pegar pena de 2 a 12 anos de prisão e multa. 

As joias de Bolsonaro

As investigações indicam que auxiliares de Bolsonaro tentaram negociar pelo menos quatro itens nos Estados Unidos, dos quais dois foram dados pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein.

Entre os presentes negociados, estão relógios de luxo, das marcas Rolex e Patek Phillipe, para a empresa Precision Watches.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi a uma loja em Wilson Grove para vender as peças. Segundo a PF, as vendas foram fechadas em 68 mil dólares, cerca de 347 mil reais.

Antagonista

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