O novo presidente da bancada evangélica no Senado, senador Zequinha Marinho, é alvo de uma investigação no STF por suposta ligação com uma organização criminosa que pratica grilagens em terras indígenas no Pará. A investigação chegou ao Supremo no mês passado, como mostrou a coluna.
Marinho comandará a bancada evangélica no Senado até novembro deste ano. A posição foi oficializada em uma reunião no último dia 16, pouco antes do recesso parlamentar.
Em 28 de junho, a Justiça Federal do Pará enviou ao Supremo uma investigação contra Marinho por suposto crime de advocacia administrativa em favor de grileiros. Relatado pela ministra Cármen Lúcia, o caso tem conexões com outra apuração sobre o senador envolvendo suspeitas de grilagem no Pará.
Em 2022, Zequinha Marinho concorreu ao governo do Pará pelo PL, partido de Jair Bolsonaro. O bolsonarista foi derrotado em primeiro turno pelo atual governador, Helder Barbalho, do MDB.
Procurado,
o senador não respondeu. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.
Marinho já negou irregularidades sobre a investigação no STF. “O senador nunca
apoiou e jamais apoiará ‘suspeitos de invadir terras públicas e destruir
vegetação nativa’. Na verdade, o senador reconhece e defende a legitimidade das
famílias de agricultores que se deslocaram de diversas partes do país para
aquele rincão paraense. Essas famílias, há muitos anos renegadas pelos governos
estadual e federal, não podem ser vistas e tratadas como ‘invasores e
grileiros’, tampouco como criminosos”, disse Marinho em junho.
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