Após bate-boca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se prepara para uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, em Londres, neste fim de semana.
O encontro com Starmer, programado para a tarde deste sábado, 1º, ocorre antes da cúpula de líderes europeus que discutirá medidas para a segurança da Ucrânia.
Embora o primeiro-ministro britânico tenha expressado a necessidade de envolver os EUA em um futuro acordo de segurança, o embate entre Zelensky e Trump na Casa Branca fragilizou as esperanças de uma unidade entre as nações europeias e os americanos em relação ao futuro da Ucrânia.
Como mostramos, diversos líderes de países europeus demonstraram apoio ao presidente ucraniano após a discussão televisionada com Trump.
Em publicação no Telegram neste sábado, Zelensky aproveitou para agradecer publicamente pelo apoio contínuo à Ucrânia, sem mencionar diretamente o incidente com Trump.
“É muito importante para nós que a Ucrânia seja ouvida e não esquecida”, escreveu.
O bate-boca
Durante a reunião, transmitida ao vivo, Trump pressionou Zelensky a aceitar um acordo de paz com a Rússia.
O ucraniano rejeitou a ideia, chamando Vladimir Putin de “assassino” e “terrorista”. Ele também criticou a postura americana entre 2014 e 2022, alegando que os EUA não tomaram medidas eficazes para conter Putin antes da invasão.
A declaração irritou Trump.
“Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial. O que você está fazendo é desrespeitoso com este país, que te apoiou mais do que deveria”, disse o republicano, apontando o dedo para Zelensky.
O vice-presidente J.D. Vance também interveio, cobrando do ucraniano mais gratidão pelo apoio americano.
A discussão fez com que Zelensky deixasse a Casa
Branca mais cedo, sem a entrevista coletiva programada. Nas redes sociais,
Trump ironizou: “Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz”.
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