Um terço dos 29 deputados federais eleitos pelo PSDB em 2018 deixaram o partido na janela de março. Oito parlamentares trocaram a legenda, vinculada à social-democracia e que tem uma história na redemocratização do país, por partidos ligados ao Centrão, grupo marcado pelo fisiologismo.
Esse grupo que deixou o partido se distribuiu em seis partidos, nenhum de esquerda ou de centro-esquerda. Quatro deles foram para o União Brasil, que é a soma do Democratas com o PSL, que elegeu Jair Bolsonaro. São eles: Danilo Forte (CE), Otávio Leite (RJ), Rose Modesto (MS) e Rodrigo de Castro (MG), que era líder dos tucanos até fevereiro deste ano.
Domingos Sávio (MG) foi para o PL, de Jair Bolsonaro. Era um nome histórico do partido. Edna Henrique (PB), seguiu para o Republicanos. Ruy Carneiro (PB) se filiou ao PSC, braço do bolsonarismo. Tereza Nelma (AL) teve como destino o PSD. Mara Rocha (AC) foi para o MDB, apesar de ser aliada do Planalto há algum tempo.
Muitas dessas mudanças partidárias se deram por dificuldades eleitorais desses parlamentares no PSDB. Viram que teriam dificuldade em se reelegerem numa legenda que passa por uma crise, racha no comando e que não deve ter um nome disputando à Presidência da República.
Essa debandada para partidos do Centrão sinalizam também a falta de empatia deles com uma legenda mais ideológica. O PSDB, que governou o país por oito anos, tem feitos importantes na economia e também no campo social, mas seu futuro é duvidoso. Metrópoles
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