A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26/5), a quatro meses da eleição de outubro, em que Lula aparece 21 pontos à frente de Bolsonaro, é um retrato deste momento e não há certeza de que, daqui até lá, a distância entre Lula e Bolsonaro permaneça assim.
A pesquisa, que ouviu 2.556 eleitores acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país, tem uma margem de erro de 2%, bem menor do que os levantamentos divulgados quinzenal ou semanalmente, como Ipespe, Quaest ou Ideia. Essas últimas são pesquisas feitas por telefone e com uma amostra menor, com geralmente entre 1.000 e 1.500 brasileiros ouvidos — daí terem margens de erro em torno de 3%.
Essas características, embora aumentem a chance de a Datafolha ser mais fidedigna da realidade do que as demais, não determinam nada. Bolsonaro pode se recuperar, Lula pode voltar a errar etc.
Mas a notícia assusta o Planalto de qualquer forma, por mostrar uma realidade muito diferente da pintada por aliados como Ciro Nogueira, que tem falado em vitória no primeiro turno. Assustado, Bolsonaro tende a querer esquentar ainda mais a temperatura da crise política que há quatro anos alimenta dia e noite.
Neste Diagnóstico, falo sobre esses pontos e analiso como esses números, se confirmados em outubro, se refletirão numa eventual adesão ou rejeição da população ao discurso de questionamento das urnas. Por Metrópoles
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