Ricardo Noblat - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna ao Brasil nesta segunda-feira (22/5) depois de extensa agenda em Hiroshima, no Japão. O petista participou de 11 reuniões bilaterais na cúpula do G7, de 19 a 21 de maio. Lula foi requisitado e benquisto por figuras como Emmanuel Macron, presidente da França, e o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. Houve também a tentativa de um encontro com o ucraniano Volodymyr Zelensky, mas sem sucesso.
A agenda disputada e o prestígio de Lula na cúpula dos 7 países mais ricos do mundo chamou a atenção, ainda mais se comparada com os compromissos internacionais de seu antecessor. Em 4 anos como presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) teve apenas 38 reuniões bilaterais com autoridades internacionais.
É importante destacar, no entanto, que Bolsonaro comandou o país por 2 anos de pandemia de covid-19, o que dificultou reuniões presenciais. Mesmo assim, a pauta do governo passado evidenciou o papel de pária internacional o qual o Brasil se prestou, isolando o país em questões importantes como a proteção do meio ambiente, isolamento social e vacinação contra o coronavírus.
Bolsonaro
A lista de reuniões bilaterais de Bolsonaro considera o período de 1º de janeiro de 2019 a 16 de agosto de 2022 –início da campanha eleitoral daquele ano. O blog usou os dados da agenda presidencial do Palácio do Planalto, organizados pelos pesquisadores Lucas Silva (Uncisal), Dalson Britto Figueiredo Filho (UFPE e Oxford) e Juliano Mendonça Domingues da Silva (Unicap). Leia o trabalho completo deles aqui.
A maior parte das reuniões bilaterais de Bolsonaro ocorreram no
Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ainda em janeiro de 2019. Deu mais
atenção a líderes conservadores, como Andrzej Duda, da Polônia; e Giuseppe
Conte, da Itália.
Bolsonaro também se encontrou com os norte-americanos Donald Trump (4 vezes) e Joe Biden. O atual presidente dos EUA foi, inclusive, o último chefe de Estado a se reunir com o ex-presidente brasileiro no período.
Houve também uma reunião de Bolsonaro com Zelensky em outubro de 2019, muito antes da realidade atual da guerra na Ucrânia. Em fevereiro de 2022, se encontrou com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria. Leia a lista completa ao final do texto.
Lula e o G7
No Japão, Lula esteve ao lado de 11 chefes de Estados ou representantes internacionais. Falou sobre a preservação do meio ambiente, nova configuração do poder mundial, relações comerciais e guerra na Ucrânia. Leia a lista dos encontros abaixo:
primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese;
secretário-geral da Onu, António Guterres;
presidente da de Comores, Azali Assoumani;
presidente da França, Emmanuel Macron;
primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida;
presidente da Indonésia, Joko Widodo;
primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau;
diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva;
primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
chanceler da Alemanha, Olaf Scholz; e
primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh.
Leia a lista completa de encontros de Bolsonaro:
23 de janeiro de 2019 – primeiro-ministro da Itália, Giuseppe
Conte;
23 de janeiro de 2019 – presidente da Suíça, Ueli Maurer;
23 de janeiro de 2019 – primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe;
24 de janeiro de 2019 – primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark
Rutte;
24 de janeiro de 2019 – primeiro-ministro da República Tcheca,
Andrej Babis;
24 de janeiro de 2019 – presidente da Polônia, Andrzej Duda;
24 de janeiro de 2019 – presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko;
24 de janeiro de 2019 – presidente da África do Sul, Cyril
Ramaphosa;
24 de janeiro de 2019 – presidente da Colômbia, Iván Duque;
19 de março de 2019 – presidente dos Estados Unidos, Donald Trump;
21 de março de 2019 – presidente do Chile, Sebastián Piñera;
22 de maio de 2019 – Sultan Ahmed Sulayem, presidente da empresa
Dubai Ports World;
22 de maio de 2019 – Datuk Darell Leiking, ministro da Indústria e
Comércio Exterior da Malásia; Lim Juay Jin, embaixador da Malásia no Brasil;
6 de junho de 2019 – presidente da Argentina, Mauricio Macri;
28 de junho de 2019 – presidente dos Estados Unidos, Donald Trump;
29 de junho de 2019 – primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
29 de junho de 2019 – presidente da Indonésia, Joko Widodo
29 de junho de 2019 – príncipe herdeiro da Arábia Saudita,
Mohammed bin Salman;
29 de junho de 2019 – primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe;
29 de junho de 2019 – primeiro-ministro de Singapura, Lee
Hsien-Loong;
24 de setembro de 2019 – presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump;
24 de setembro de 2019 – secretário-geral da ONU, António
Guterres;
22 de outubro de 2019 – presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski;
25 de outubro de 2019 – presidente da China, Xi Jinping;
27 de outubro de 2019 – primeiro-ministro dos Emirados Árabes
Unidos, Mohammed bin Rashid Al Maktoum;
28 de outubro de 2019 – emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani;
30 de outubro de 2019 – príncipe herdeiro da Arábia Saudita,
Mohammed bin Salman;
5 de dezembro de 2019 – presidente do Paraguai, Mário Abdo
Benítez;7
23 de janeiro de 2020 – primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi;
10 de março de 2020 – presidente dos Estados Unidos, Donald Trump;
20 de setembro de 2021 – primeiro-ministro do Reino Unido, Boris
Johnson;
21 de setembro de 2021 – presidente da Polônia, Andrzej Duda;
15 de novembro de 2021 – primeiro-ministro dos Emirados Árabes
Unidos, Mohammed bin Rashid Al Maktoum;
30 de dezembro de 2021; secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann;
16 de fevereiro de 2022 – presidente da Rússia, Vladimir Putin;
17 de fevereiro de 2022 – primeiro-ministro Viktor Órban;
6 de maio de 2022 – presidente da Guiana, Irfaan Ali;
10 de junho de 2022 – presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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