"Fiz uma analogia para defender Vini", diz senador sobre a fala: "Cadê os defensores do macaco?"

O senador Magno Malta (PL-ES), 2º vice-presidente da CPMI dos atos golpistas, rebateu nesta quinta-feira (25/5) as críticas que recebeu ao comentar o caso de racismo sofrido pelo jogador do Real Madrid, Vinicius Jr. O parlamentar disse que fez "uma analogia para defender" o atleta, e citou que é um homem negro e pai de uma negra.

Durante a primeira sessão do colegiado, realizada hoje, Malta foi questionado pela base governista pela fala "Cadê os defensores do macaco?", apontada como racista.

"Criaram uma narrativa com má vontade, ou de propósito. Eu fiz uma analogia. Eu sou um homem negro. Sou pai de uma negra", declarou senador após ser questionado por parlamentares governistas sobre suas falas. "Sou pai adotivo de uma criança com síndrome de Down. Eu sou pai de uma negra, eu sou negro, sou filho de negra. Fiz uma analogia para defender o Vini Jr. Não é má vontade, é mau caratismo mesmo", acrescentou o senador.

Comparação com Daniel Alves

Malta também citou um caso de 2014 envolvendo o então jogador do Barcelona, Daniel Alves, que comeu uma banana atirada no campo pela torcida em ataque racista. "Quando jogaram uma banana para Daniel Alves, Daniel foi lá e desmoralizou eles. Pegou a banana e comeu. Eles se calaram. Eu estava fazendo uma analogia, porque sou um homem respeitador, Nunca desrespeitei ninguém, nem oposicionistas", afirmou o senador. Ele também disse que não será intimidado: "Medo eu conheço de ouvir falar, nunca fui apresentado".

Na terça (23), Malta comentou o ataque racista sofrido por Vini Jr., e disse que a imprensa estava "revitimizando" o atleta ao tratar do caso. "Então é o seguinte: cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco? O macaco está exposto. Veja quanta hipocrisia. E o macaco é inteligente, é bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo. É ágil, alegre, tudo o que você possa imaginar ele tem. Eu, se fosse um jogador negro, entrava em campo com uma leitoinha branca nos braços, ainda dava um beijo nela e falava assim: ó, como não tenho nada contra branco, e ainda como se tiver...”, disse o senador.

A fala foi recebida por fortes críticas, e o senador foi denunciado por racismo ao Conselho de Ética do Senado e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 Correio Braziliense.

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