O senador e ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro (União-PR), saiu em defesa do deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) neste sábado, na Marcha para Jesus, em Curitiba. Moro disse que o país "vive uma fase de ódio no coração e mentes de algumas pessoas", pediu orações para "afastar as sombras" e "ressentimentos" que levaram à cassação do mandato do ex-procurador.
O evento evangélico é organizado pela Igreja Renascer em Cristo, liderada pelo apóstolo Estevam Hernandes, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador teve lugar de destaque em um trio elétrico e discursou ao lado de Dallagnol.
"Uma coisa eu aprendi na Bíblia, que acima de tudo tem o amor. Amor a Deus e ao próximo. É o mandamento principal de Jesus. Esse país, infelizmente, neste momento, vive uma fase de ódio no coração e mentes de algumas pessoas. Eu queria pedir encarecidamente orações para que nós possamos afastar esses maus sentimentos dos corações e mentes das pessoas, principalmente em Brasília", disse Moro.
O ex-juiz não poupou elogios ao ex-procurador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba.
"Deltan é a pessoa mais honrada que conheço. Uma das melhores pessoas que já conheci. Digo isso sem ser um amigo próximo dele, digo pela admiração profissional, o quanto ele se dedicou a esse país, quantos riscos ele assumiu. A forma como ele trata os amigos, a forma como ele dedica cada segundo da vida dele às causas públicas. Esse homem sofreu nessa semana uma gigantesca injustiça. Uma gigantesca injustiça, não vou entrar no mérito, mas que eu atribuo a esse sentimento de ressentimento e de ódio. Se a gente se deixa dominar pelo ódio e ressentimento, a gente se afasta cada vez mais de Deus e de Jesus. Queria pedir orações, não só para que possamos ter justiça na Terra em relação ao Deltan, mas para afastar as sombras de corações e mentes de Brasília, que podem fazer a diferença", completou.
Deltan Dallagnol teve o registro de candidatura cassado pelo ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última quarta-feira. Para Benedito Gonçalves, os ex-procurador poderia ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelos procedimentos que respondia no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Por Agência O Globo
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