Contornando o impasse entre Petrobras e Ibama, executivos de duas das principais petroleiras em atividade no Brasil analisaram como positiva a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o caso. Ontem, no Japão, o petista disse que acha “difícil” que a exploração de petróleo na área chamada de Margem Equatorial possa causar problemas ambientais.
“Se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado, mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros da Amazônia”, disse Lula em Hiroshima.
Para executivos da Shell e da BG, a disposição de Lula mostra que o presidente está mais aberto a “oportunidades” de extração do óleo cru não só da região, mas também de outras partes do país. Juntas, as duas empresas operam 11 blocos na Margem Equatorial.
O presidente da Shell, Cristiano Pinto da Costa, já afirmou publicamente que as decisões de liberação das áreas devem ser “estratégicas”.
Antes de embarcar de volta ao Brasil, Lula disse que deixaria para cuidar do assunto nesta terça-feira (23/5). O ministro Rui Costa (Casa Civil) vai mediar uma reunião entre Marina Silva (Meio Ambiente), Rodrigo Agostinho (Ibama) e Petrobras para que seja discutida a exploração na foz. O encontro será no Palácio do Planalto. Lula não deve participar, já que deve estar descansando da viagem.
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