O presidente Lula pediu ajuda à senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para tentar se reaproximar do segmento evangélico, após pesquisas indicarem que o presidente da República teve uma rejeição ainda maior neste segmento da sociedade.
Segundo pesquisa Quest divulgada na semana passada, 62% dos evangélicos consideram o governo Lula ruim ou péssimo. É o maior patamar dentro da série histórica.
“A reação às falas de Lula comparando o que acontece em Gaza com o que aconteceu na 2ª guerra mundial parece dar boas pistas para explicar essa queda na avaliação do governo entre os evangélicos. Como já mostrado, 60% dos brasileiros consideram que Lula exagerou na comparação”, comentou em seu perfil no X Felipe Nunes, diretor da Quaest, após a divulgação do levantamento.
Na quinta-feira da semana passada, a senadora – que é candidata à Presidência do Senado – esteve no Palácio do Planalto conversando com o ministro de relações Institucionais, Alexandre Padilha, tratando justamente de temas sensíveis às igrejas evangélicas. Ela pediu recursos para as chamadas comunidades terapêuticas (grupos organizados pelos evangélicos que cuidam, por exemplo, de dependentes químicos) e recebeu sinalização positiva do ministro.
Além disso, Eliziane também esteve no encontro de mulheres promovido por Lula no Dia Internacional das Mulheres. Segundo integrantes do Planalto, o convite também foi outro aceno ao segmento.
Durante a campanha, Lula também recorreu a Eliziane para se aproximar das igrejas cristãs. Com a ajuda da parlamentar, o petista elaborou uma carta aos evangélicos, estabelecendo algumas diretrizes de atuação de seu governo.
Na “Carta Pública ao Povo Evangélico”, Lula cita a palavra “liberdade” sete vezes e prometeu “respeito às famílias” e à liberdade de culto.
“Não há por que acreditar que agora seria diferente. Posso lhes assegurar, portanto, que meu Governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de Culto e de Pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos Templos“, disse Lula na carta em 2022.
Wilson Lima
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