O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou que os EUA enviaram um esboço de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
O anúncio se deu nesta quinta-feira, 21 de março, durante viagem à Arábia Saudita, em entrevista ao canal de notícias local Al Hadath.
Blinken descreveu o conteúdo do esboço de resolução como “cessar-fogo imediato atrelado à libertação de reféns”.
“Eu acho que enviaria uma mensagem forte, um sinal forte”, acrescentou o secretário de Estado em referência ao apoio de outros países à resolução.
Empecilho
chamado Hamas
Assim como O Antagonista antecipou na matéria “Hamas impede avanço de negociações por cessar-fogo”, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que “cabe ao Hamas decidir se está preparado para se comprometer com o fim das hostilidades” contra Israel.
“Temos uma oportunidade para um cessar-fogo imediato que pode trazer reféns para casa, que pode aumentar dramaticamente a quantidade de assistência humanitária que chega aos palestinos que dela precisam desesperadamente, e então também estabelecer as condições para uma resolução duradoura”, acrescentou Blinken antes de um encontro com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, em Washington.
A declaração foi corroborada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que, antes de embarcar no Força Aérea Um, em Maryland, disse que o acordo “está nas mãos do Hamas”.
“O acordo de reféns está nas mãos do Hamas neste momento. Houve uma oferta racional. Os israelenses concordaram com isso. Saberemos em alguns dias se isso vai acontecer”, afirmou o presidente americano.
“Tem que haver um cessar-fogo. Se chegarmos a uma situação em que isto continue durante o Ramadã, pode ser muito, muito perigoso”, acrescentou Biden.
Hamas
impede avanço de negociações com Israel
As negociações destinadas a alcançar um cessar-fogo temporário entre Israel e Hamas antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã — previsto para começar em 10 de março — fracassaram no domingo, 3, depois que o grupo terrorista, que vem se recusando a libertar os 134 reféns restantes, recusou-se também a entregar uma lista, especificando quais estão vivos e quais morreram, e a confirmar a proporção de prisioneiros palestinos que seriam libertados das prisões israelenses em troca das pessoas sequestradas.
As conversas, realizadas no Cairo, vinham sendo intermediadas pelos Estados Unidos e pelo Catar, o país onde líderes bilionários do Hamas levam uma vida de luxo, enquanto o povo palestino passa fome na Faixa de Gaza.
Após a resposta insatisfatória do Hamas sobre a situação dos reféns mantidos em Gaza, o governo de Israel vetou a ida de uma delegação ao Cairo.
O que
quer Sinwar?
Segundo a emissora de televisão israelense Canal 12, autoridades de Israel suspeitam que o chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, não tenha intenção de chegar a um acordo de cessar-fogo nos próximos dias. Elas também esperam um aumento da violência do Hamas durante o Ramadã.
O Antagonista
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