Coreia do Norte realiza exercício militar inspirado no Hamas

O ditador norte-coreano Kim Jong Un marcou presença em um exercício militar focado na conquista de postos avançados militares sul-coreanos. Este exercício, embora não confirmado oficialmente como um ataque direcionado à Coreia do Sul, foi claramente identificado através de imagens divulgadas que não deixam dúvidas quanto aos seus objetivos.

A ação simulada incluiu invasão à fronteira e um ataque aéreo com o objetivo de desembarcar tropas além das fortificações e postos de controle que separam Coreias do Norte e do Sul.

Uma das táticas, que suscitou revolta na Coreia do Sul, envolve o uso de helicópteros para aterrissar soldados e neutralizar posições — uma estratégia semelhante à utilizada pelo Hamas durante o massacre de 7 de outubro, quando tropas do Hamas utilizaram parapentes motorizados para ultrapassar o muro de fronteira de Israel e drones para lançar cargas e destruir fortificações fronteiriças.

Durante o exercício, Kim Jong-un enfatizou a necessidade de sua nação aumentar suas preparações para a guerra e ordenou a realização de mais simulações para simular condições reais de um campo de batalha. Imagens divulgadas do exercício mostram soldados norte-coreanos disparando mísseis antitanque guiados, foguetes e outras armas.

Em um comunicado oficial, a Coreia do Norte declarou que o exercício simulou operações militares em uma base de treinamento central na região oeste do país. Este evento ocorre logo após um outro de grande escala realizado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul na última segunda-feira, que foi classificado pela Coreia do Norte como provocativo.

As relações entre as Coreias do Norte e do Sul têm sido historicamente marcadas por altos e baixos, com períodos de tensão alternando com esforços diplomáticos para a paz. Exercícios militares de ambos os lados frequentemente servem como catalisadores para o aumento da tensão, refletindo a delicada balança de poder na região.

Ameaças de guerra e aumento do armamento

Kim Jong-un acusou em janeiro, sem qualquer evidência, a Coreia do Sul e os Estados Unidos de prepararem uma “invasão”, alertando que uma guerra pode eclodir a qualquer momento na península coreana.

Ele também declarou que a Coreia do Norte responderia com um ataque nuclear se provocada. Este aumento das capacidades militares norte-coreanas inclui também a ampliação da frota de submarinos e o aprimoramento de tecnologias de guerra cibernética.

Analistas apontam que a recente postura agressiva da Coreia do Norte representa uma mudança significativa na estratégia de Kim Jong-un. O ditador busca desafiar as grandes potências ocidentais fortalecendo as relações com Rússia e China e apoiando a invasão russa na Ucrânia.

O Antagonista

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