Em ano eleitoral, Biden entra em conflito até com o Japão

Joe Biden passou a mostrar que irá interferir e militar contra a venda de uma siderúrgica americana a um conglomerado japonês. Apesar de o Japão ser um dos parceiros estratégicos dos Estados Unidos, o presidente deve resistir a autorizar o negócio não apenas por questões econômicas, mas também eleitorais.

Em dezembro, se tornou pública a oferta de 14 bilhões de dólares (69,9 bilhões de reais) da Nippon Steel, principal siderúrgica japonesa, pela US Steel, a segunda maior empresa do ramo nos Estados Unidos. O acordo de venda passa por uma espécie de comitê de financiamentos externos do governo, o CFIUS — o que não deveria assustar nenhuma das partes, já que reservas quanto a aquisições do tipo ocorrem em casos envolvendo adversários do país, como a China.

No entanto, Biden deixou claro que não deve deixar a venda acontecer tão cedo. “É importante que mantenhamos as siderúrgicas de aço americana sustentadas por trabalhadores do aço americanos”, disse o presidente em um pronunciamento publicado pela Casa Branca nesta quinta-feira. “Já disse aos nossos siderúrgicos que eu os apoiarei — e eu falo sério.”

Nesta sexta-feira, após ver as ações da US Steel caírem 6% após a fala de Biden, a Nippon Steel precisou sair em defesa da operação.

Crusoé

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