O ex-comandante das FAB, Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou à Polícia Federal (PF) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pressionou-o a apoiar um golpe que manteria Jair Bolsonaro no poder.
O trecho integra os depoimentos sobre a tentativa de golpe de Estado, que tiveram o sigilo quebrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta sexta-feira, 15 de março.
A conversa entre Zambelli e Baptista Júnior teria ocorrido um dia após a reunião no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro consultou os chefes militares sobre a possibilidade de editar um decreto com instrumentos jurídicos que pudessem mantê-lo no poder.
O
“pedido” de Zambelli
Segundo Baptista Júnior, Zambelli fez o “pedido” pessoalmente durante a formatura dos aspirantes à oficial da Força Aérea Brasileira na cidade de Pirassununga, SP.
“Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, teria dito a deputada.
Como resposta, o depoente afirma ter rejeitado a proposta de Zambelli. “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”, teria respondido o ex-comandante.
Resposta
de Zambelli
Após o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica ser divulgado, Zambelli utilizou suas redes sociais para se defender.
“Eu não sabia que generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero. Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores. Triste”, publicou a deputada.
Em uma nota divulgada por sua defesa, Zambelli afirma desconhecer “os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito”. A deputada se encontra de licença por motivos de saúde. O Antagonista
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