O Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu aprovar hoje(22) uma resolução apelando a um cessar-fogo imediato em Gaza como parte de um acordo de reféns, depois de a Rússia e a China terem vetado a medida proposta pelos Estados Unidos.
No início da guerra, os EUA eram avessos à palavra cessar-fogo e vetaram medidas que incluíam apelos a um cessar-fogo imediato. A atual proposta dos Estados Unidos mostra um apoio mais crítico a Israel.
“A grande maioria deste conselho votou a favor desta resolução, mas infelizmente a Rússia e a China decidiram exercer o seu veto”, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Conselho de Segurança.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, apelou aos membros para não votarem a favor da resolução. Segundo ele, a resolução era “extremamente politizada” e supostamente continha um sinal verde para Israel montar uma operação militar em Rafah. “Isto libertaria as mãos de Israel e faria com que toda Gaza e toda a sua população enfrentassem destruição, devastação ou expulsão”, disse Nebenzia na reunião.
As negociações continuam
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quinta-feira, 21, acreditar que ainda poderia haver um acordo a partir das negociações no Catar, que se concentram em uma trégua de seis semanas e na libertação de 40 reféns israelenses e centenas de palestinos presos.
O
secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Tel Aviv, Israel, nessa
sexta-feira, 22, na última etapa de sua sexta viagem à região desde o início da
guerra.
Gantz para Blinken, “é imperativo concluir a ação com Rafah. Israel apoia a ajuda humanitária, mas não está nas mãos do Hamas”
No encontro com o ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, Blinken, que tenta evitar uma operação militar de Israel em Rafah ouviu o seguinte: «É imperativo» completar a missão em Gaza, «incluindo Rafah, e desmantelar os terroristas do Hamas após o massacre de 7 de Outubro». Gantz acrescentou que “Israel continuará a permitir soluções humanitárias para a população civil em Gaza, garantindo que a ajuda não caia nas mãos do Hamas”.
O Antagonista
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