Senado reprova decreto de emergĂȘncia de Milei

O plenĂĄrio do Senado da Nação Argentina reprovou o decreto de necessidade e urgĂȘncia (DNU) do presidente, Javier Milei, um dos principais fronts das reformas do governo, em vigor desde final de dezembro.

Foram 42 votos por derrubar o decreto contra 25, em votação concluída no início da noite nesta quinta-feira, 14 de março. Houve 4 abstençÔes.

A rejeição uniu os mais de 33 senadores da oposição kirchnerista a 9 da dialoguista, em especial aos radicales, cuja direção divulgou um comunicado na segunda, 11, com críticas veladas ao decreto.

Pela tarde, a base governista tentou adiar a votação para a próxima semana, mas foi derrotada por 41 votos a 30.

O que acontece com o decreto?

A reprovação no Senado nĂŁo derruba o decreto de Milei, do tipo de necessidade e urgĂȘncia (DNU), uma espĂ©cie de medida provisĂłria que nĂŁo caduca.

 

Um DNU sĂł cai quando ambas as casas do Congresso o reprovam.

Assim, o decreto segue em vigor enquanto a CĂąmara dos Deputados nĂŁo rejeitĂĄ-lo. A Casa nĂŁo tem prazo para avaliĂĄ-lo.

Como o texto de Milei jĂĄ foi recebido pela ComissĂŁo Bicameral do Congresso, mesmo sem um relatĂłrio final nesse ĂłrgĂŁo, a CĂąmara jĂĄ pode avaliĂĄ-lo em plenĂĄrio, como fez o Senado nesta quinta.

O que jĂĄ caiu do decreto?

O decreto de Milei tinha um capĂ­tulo da reforma trabalhista que foi derrubado primeiro por liminar e, depois, por decisĂŁo em segunda instĂąncia em janeiro. Cabe recurso ao Supremo.

Dentre os principais pontos suspensos, estĂŁo a limitação ao direito de greve para serviços considerados “essenciais” e para os de “importĂąncia transcendental”.

Também se derrubou a possibilidade de demissão por justa causa de empregados que tenham participado de atos de restrição à liberdade de movimento e de trabalho dentro da empresa.

Além disso, caiu a desburocratização do processo de negociação de contrato entre empregador e empregado.

Por Crusoé


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