Biden repudia pedido de prisão de Netanyahu: “Ultrajante”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no contexto da guerra contra o Hamas.

“O pedido do promotor do TPI para obter mandados de prisão contra líderes israelenses é ultrajante”, disse Biden nesta segunda-feira, 20 de maio.

Ele acrescentou que não há “nenhuma equivalência entre Israel e Hamas”, em referência aos mandados de prisão expedidos também a líderes do grupo terrorista.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também criticou a decisão do TPI. “É vergonhoso… O TPI não tem jurisdição sobre esse tema”, afirmou Blinken.

“Absurdo” e “falso”

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu ao pedido de prisão anunciado pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional da ONU, Karim Asad Ahmad Khan, nesta segunda-feira, 20.

Em vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, ele afirmou que o pedido é “absurdo e falso” e “dirigido contra todo o Estado de Israel”, registrou o site Times of Israel.

“É dirigido contra os soldados das Forças de Defesa de Israel, que lutam com heroísmo supremo contra os vis assassinos do Hamas”, afirmou.

“Com que ousadia você ousa comparar os monstros do Hamas aos soldados das FDI, o exército mais moral do mundo?”, questionou Netanyahu.

“Com que audácia você compara entre o Hamas que assassinou, queimou, massacrou, estuprou e sequestrou nossos irmãos e irmãs, e os soldados das FDI que estão travando uma guerra justa sem paralelo, com uma moralidade incomparável?”, completou.

Para Netanyahu, a decisão do procurador-geral do TPI é um exemplo do “novo antissemitismo” que se mudou dos campi universitários para Haia.

Além de Netanyahu, Khan também anunciou um pedido semelhante contra o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Do lado do Hamas, também são alvos: Yahya Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, chefe político do grupo terrorista que vive exilado no Catar; e Mohammad al-Masri, chefe das brigadas Al-Qassa.

Os pedidos de prisão ainda precisam ser autorizados pelos juízes do tribunal.

O Antagonista 

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