Um jovem, identificado como Richard Ferreira da Cruz, de 20 anos, morreu no último domingo, 11, após uma confusão no Hospital Municipal Lourenço Jorge, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A mãe do jovem, diz que as agressões de um médico causaram a morte do seu filho, que deu entrada no hospital, ainda sábado à noite, com um ferimento de faca no pescoço que, segundo ela, já estava "estabilizado" quando começou uma confusão e um soco acertou o local ferido. "Meu filho foi assassinado", acusou Alessandra Ferreira da Silva.
No último domingo, 11, o caso, inicialmente registrado pela 16ª DP Barra da Tijuca, passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios.
Em nota, o hospital diz que Richard atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar "medidas de proteção".
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ferimentos prévios por uma "arma branca" causaram a morte. A identidade do médico não foi divulgada. "É importante destacar que o paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito", diz o texto.
O relato da mãe
Alessandra contou que ele deu entrada na unidade, após ser vítima de um assalto e ter levado uma facada no pescoço. Segundo ela, o filho recebeu atendimento e estava no quarto quando a família recebeu uma ligação do hospital, no início da madrugada de domingo, 11, informando que o filho estava muito agitado. Ela disse que foi ao local e explicou para a equipe do plantão que o filho sofria de depressão e bipolaridade. A mãe contou que pediu que o filho fosse sedado. Foi quando, segundo ela, ele levantou da cama e disse que iria embora.
À polícia, ela relatou que uma enfermeira deu uma advertência a Richard, dizendo que ele precisava ficar deitado. Em seguida, segundo a mãe, um médico, de forma agressiva, gritou com o filho, dizendo que ele não podia se comportar daquela maneira. De acordo com a mãe, o filho foi, então, na direção do médico, que o teria agredido com chutes e socos, reabrindo a ferida causada pela facada. "Começou a dar golpes e pegou o meu filho duas vezes (...) Um dos socos pegou e acertou em cheio a veia", disse.
A mãe disse que ainda tentou impedir a agressão, mas disse que foi ameaçada pelo médico. O paciente teria começado a sangrar e foi levado para a sala vermelha. Depois de ser retirada da sala, Alessandra foi para a delegacia registrar a agressão. Quando voltou para o hospital, algumas horas depois, foi informada que o filho estava morto. "Ele já estava estabilizado. Essas agressões todas foram a causa da morte do meu filho", disse Alessandra.
A íntegra da nota da Secretaria Municipal de Saúde:
“A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge
(HMLJ) esclarece que, na noite deste sábado (10), por volta das 21h30, o
paciente deu entrada na unidade trazido pelo Corpo de Bombeiros após sofrer
lesão por arma branca com sangramento intenso. É importante destacar que o
paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de
plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de
proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao
intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito. Por
se tratar de caso de violência - ferimento por arma branca, o corpo foi
encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e a situação foi comunicada à
polícia para investigação”.
Por Roma News
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