Nesta quarta-feira (23), os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram a Declaração de Kazan, documento oficial da 16ª cúpula do grupo, realizada na cidade russa de Kazan. A declaração possui 43 páginas e 134 itens, abordando temas relevantes da agenda internacional, como mudanças climáticas, inteligência artificial e os conflitos em andamento pelo mundo.
Em relação à guerra na Faixa de Gaza, o documento expressa preocupação com a escalada do conflito no local. O Brics solicita um cessar-fogo imediato, além da libertação de todos os reféns, tanto israelenses quanto palestinos. A declaração também condena o deslocamento forçado de civis e os ataques a instalações humanitárias e infraestruturas civis.
– Confirmamos nosso apoio à admissão do Estado da Palestina como membro pleno da ONU no contexto de um compromisso inabalável com o conceito de coexistência de dois estados com base no direito internacional – afirma o texto.
A situação no Líbano também é destacada na declaração. Os países condenam as mortes de civis e os danos significativos à infraestrutura civil causados por ataques israelenses em áreas civis libanesas. O Brics pede o fim imediato dos confrontos na região.
– Condenamos o planejado ataque terrorista para minar dispositivos de comunicação portáteis em Beirute em 17 de setembro de 2024, que matou e feriu dezenas de civis. Declaramos que tais ataques constituem grave violação do direito internacional – registra a declaração.
Por Leiliane Lopes
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