Datena declara voto em Boulos no segundo turno em SP

O apresentador José Luiz Datena (foto), ex-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, gravou um vídeo em que declarou seu voto em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa na capital paulista.

“Eu voto no Boulos para parar com essa criminalidade que torna a cidade de São Paulo, que torna o estado de São Paulo, que torna o país refém do narcotráfico. Nós não queremos isso, por isso eu apoio o Boulos para o segundo turno de São Paulo. Vote com ele, vote contra o crime”, disse na gravação.

A executiva nacional do PSDB afirmou logo após o resultado do primeiro turno que vai apoiar a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) na disputa.

Datena teve uma votação pífia em sua primeira eleição em que ele foi até o fim. E essa, inclusive, deve ser a última nas palavras do próprio apresentador de TV. Ele não teve nem 115 mil votos.

“Não se encaixou aquele cara que há muito tempo fala três, quatro horas sem parar, que narra futebol, que faz programas de rádio, que faz todo tipo de programa. Não se encaixou no personagem do político. Não deu certo!”, disse o apresentador após as eleições.

“É claro que não me arrependo”

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, afirmou em entrevista ao programa Meio-Dia em Brasília que não se arrepende de ter lançado a candidatura de Datena à Prefeitura de São Paulo.

Datena terminou a disputa pelo Palácio do Anhangabaú apenas na quinta colocação, atrás de Ricardo Nunes (MDB), de Guilherme Boulos (PSOL), de Pablo Marçal (PRTB) e de Tabata Amaral PSB).

“É claro que não [me arrependo]. Eu me tornei amigo do Datena. O Datena é uma figura correta, uma figura extremamente séria. Ele me ligava quase todos os dias e se arrependeu profundamente do episódio da cadeirada”, declarou Perillo.

“Ele me ligou, pediu desculpas várias vezes e disse: ‘Eu fui agredido, eu e minha família fomos agredidos na nossa honra, na nossa história, eu perdi a cabeça’. Ele é uma pessoa super do bem. Mas o que aconteceu é que não se adequou, ele não se adaptou às regras da política. As campanhas são muito difíceis, ainda mais em São Paulo.”

O Antagonista

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