A Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar um falso laudo médico divulgado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) contra o adversário Guilherme Boulos (PSol). Os agentes federais já estão analisando o falso receituário médico com a informação de que o psolista teria sido internado por uso de cocaína.
A Justiça Eleitoral já determinou a exclusão do falso laudo das publicações nas redes sociais.
O documento que foi divulgado por Marçal em seu perfil no Instagram é datado de 19 de janeiro de 2021, com a assinatura do médico José Roberto de Souza. O Metrópoles apurou que o CRM dele está inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022 e que ele já faleceu. Duas filhas médico que faleceu desmentiram que o pai tivesse trabalho na clínica em que Guilherme Boulos teria sido atendido.
O suposto receituário indica que Boulos, com “surto psicótico grave”, teria sido submetido a um exame toxicológico que constatou a presença de 2,825 ng/mg de cocaína no sangue. O documento, segundo Guilherme Boulos, é falso.
O candidato do PSol fez uma live no Instagram para desmentir Marçal. “O cidadão não tem limite, a 1 dia da eleição, depois de ser desmascarado ontem no debate da Globo”, disse Boulos, referindo-se ao último debate da eleição municipal, na quinta-feira (3/10), quando ele exibiu um exame toxicológico para provar que não usa drogas.
“Estamos entrando agora à noite com um pedido de prisão contra o Pablo Marçal, dele e do dono da clínica. Além de todas as medidas cabíveis junto à Justiça Eleitoral”, afirmou o candidato do PSol na live.
Boulos disse que também pedirá a prisão de Luiz Teixeira da Silva Júnior, amigo de Marçal e dono da clínica Mais Consulta, no Jabaquara, onde o documento teria sido forjado. “Eles jogam com a mentira. Sabem que vão ser desmentidos”, afirmou.
Já candidato do MDB à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou neste sábado (5/10), em nota, que “repudia veementemente” a acusação feita por Marçal contra Boulos. Apesar disso, também afirmou que Boulos foi “indecente” ao atacá-lo durante a campanha.
“Boulos foi indecente quando atacou minha família. Boulos foi indecente quando normalizou o soco em Duda Lima. Boulos foi indecente quando me comparou a Pablo Marçal. Boulos foi indecente quando por diversas vezes mentiu sobre a minha gestão. Mas eu não sou Boulos, nem Marçal. Repudio veementemente o crime que vimos ontem”, afirmou Nunes, a respeito do suposto laudo.
O
candidato do MDB também cobrou rapidez da Justiça em relação às acusações. “A
Justiça precisa ser célere, analisar todas as provas e colocar um basta nesse
jogo rasteiro da eleição para o comando da maior cidade do país”, disse.
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