Em meio a tensão com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Vladimir Putin anunciou uma nova rodada de exercícios com armas nucleares na Rússia. De acordo com o Kremlin, a atividade aconteceu nesta terça-feira (29/10).
Durante discurso, o presidente russo enfatizou que o “surgimento de novas ameaças e riscos externos” é uma das principais razões para modernizar as “forças estratégicas” que devem estar prontas para combate, se necessário.
“Gostaria de salientar desde já que a Rússia confirma a sua posição de princípio de que o uso de armas nucleares é uma medida extrema e excepcional para garantir a segurança do Estado. Ao mesmo tempo, compreendemos bem que é a tríade nuclear que continua a ser um garante fiável da soberania e segurança do nosso país, permite-nos resolver os problemas de dissuasão estratégica, bem como manter a paridade nuclear e o equilíbrio de poder no mundo como fatores objetivos de estabilidade global”, disse Putin.
Na atividade, três mísseis balísticos foram lançados pela Rússia. O exercício contou com a participação de submarinos e aeronaves capazes de disparar as armas de destruição em massa.
A movimentação nuclear da Rússia surge dias após o exercício nuclear anual da Otan chegar ao fim, na última quinta-feira (24/10).
A
simulação de guerra nuclear da aliança militar liderada pelos EUA contou com 2
mil militares de países membros da Otan, e mais de 60 aeronaves. A atividade
foi realizada na Bélgica e Holanda, e foi vista para analistas como um recado
do bloco para Putin e aliados.
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