Um dia após a deflagração da operação da Polícia Federal (PF) que acusa Jair Bolsonaro (PL) de envolvimento em atos golpistas e de ter conhecimento dos planos de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o vice Geraldo Alckmin; e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente publicou no X um corte de 40 segundos de um vídeo em que um youtuber militante pede a morte dele.
No vídeo, publicado em julho de 2019, o youtuber Vina Guerreiro afirma que Bolsonaro e a família deveriam ser assassinados e faz um apelo à esquerda para montar um plano para matar o então presidente.
“Não tem mais condição de aceitar um bosta como o Bolsonaro no poder. Esse cara tem que ser assassinado. Ele e a família […] Os políticos da família Bolsonaro, para resumir, os quatro: os três filhos bosta e o próprio pai. Eles têm que acabar. Eles têm que morrer […] Você tem que morrer, Bolsonaro. Você é um câncer na sociedade. Você é um lixo. Você é um opressor de merda”, afirma o youtuber no recorte.
À época, Vina Guerreiro disse que estava arrependido de ter ameaçado Jair Bolsonaro e com medo.
O ex-presidente não fez comentários na nova publicação, feita pouco mais de 24 horas após a operação da PF, e ainda não se posicionou publicamente sobre as novas acusações da Polícia Federal.
Operação
Contragolpe
Foram presos pela PF, na terça-feira (19/11), o general da reserva Mario Fernandes e os tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima. Fernandes foi o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro. Além dos quatro militares, foi detido o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo a investigação, o grupo teria um “detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022” para matar Lula, Alckmin e Moraes.
As
investigações da PF apontam ainda que Bolsonaro teria redigido, ajustado e
“enxugado” a chamada “minuta do golpe”, uma espécie de decreto que previa a
intervenção no Poder Judiciário para impedir a posse do então presidente eleito
e convocar novas eleições no Brasil.
Metrópoles
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