Após o ex-ministro e general da reserva Braga Netto ser citado em investigação da Polícia Federal sobre um suposto plano para assassinar o presidente Lula, a deputada federal Luciene Cavalcante (PSol-SP) decidiu acionar o Ministério Público Militar (MPM).
A parlamentar pediu ao MPM que as informações sobre o possível envolvimento de Braga Netto no planejamento de um golpe de Estado sejam incluídas na representação feita por ela mesma contra ele em março de 2024, por causa do caso Marielle Franco.
Na ocasião, a deputada representou contra Braga Netto no MPM para apurar o papel dele na nomeação do delegado Rivaldo Barbosa ao cargo de chefe da Polícia Civil do Rio. Rivaldo foi apontado como membro da organização que trabalhava para atrapalhar as investigações sobre a morte de Marielle.
Agora, Luciene Cavalcante quer que o Ministério Público Militar apure também a possível participação do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro para impedir a posse de Lula e no possível plano de assassinato do presidente eleito.
“Diante da gravidade dos fatos apurados e de sua relevância para a preservação do Estado Democrático de Direito, requer-se o aditamento da representação nº19.03.0000.0001231/2024-24, para incluir os novos elementos que apontam o envolvimento direto do representado na organização de atos antidemocráticos e no planejamento de um golpe de Estado”, pede a deputada.
Plano
contra Lula
Nessa terça-feira (19/11), quatro membros do grupo de elite do Exército chamado “kids pretos” foram presos pela Polícia Federal, suspeitos de articularem um golpe de Estado nos meses finais de 2022, após eleição de Lula.
Braga
Netto foi citado por ter liderado, em sua casa em Brasília, uma suposta reunião
estratégica com os militares, em 12 de novembro de 2022, na qual trataram da
operação para matar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de
Moraes.
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