Eduardo Bolsonaro se une a ministros de Lula contra boicote da França

Assim como ministros do governo Lula, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entrou em campo para protestar contra a decisão da rede francesa Carrefour de suspender a compra de carne de países do Mercosul.

O filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou requerimento na Comissão de Relações Exteriores da Câmara pedindo moção de repúdio ao protecionismo francês contra as carnes brasileiras.

“A decisão desnuda, ainda, a hipocrisia europeia, que critica políticas protecionistas, aplicando protecionismo na veia. A decisão, supostamente tomada por questões ambientais, não se sustenta. O presidente francês sabe que o setor rural do seu país não tem condições de competir com produtos brasileiros, melhores e mais em conta para os consumidores”, afirma Eduardo.

No requerimento, Eduardo critica o governo Emmanuel Macron. Durante seus anos de governo, Bolsonaro e Macron tiveram desavenças. O brasileiro, inclusive, chegou a ofender a primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

“Macron se utiliza de grandes empresas do setor de alimentos para, de forma ilegal e imoral, boicotar a compra de carnes e soja do Brasil e do Mercosul, sem qualquer justificativa razoável para tal”, diz Eduardo no requerimento.

Ministro de Lula responde

O motivo da revolta de autoridades brasileiras contra o Carrefour foi causado pelo CEO global da rede de supermercados francesa, Alexandre Bompard.

Na quarta-feira (20/11), foi revelado que Bompard enviou carta ao sindicato agrícola francês FNSEA, dizendo que havia se comprometido a “não comercializar carne do Mercosul”.

Bompard alegou, na carta, que a decisão foi tomada porque, “em toda a França, ouvimos a consternação e a indignação dos agricultores diante da proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul”.

Diante da decisão, ministros do governo Lula reagiram. O titular da pasta da Agricultura, Carlos Fávaro, chegou a elogiar a decisão de frigoríficos brasileiros de boicotar a rede de supermercados no Brasil em resposta à medida.

“O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, contra-atacou o Ministério da Agricultura, em nota à imprensa.

Como mostrou a coluna, a própria embaixada brasileira na França também emitiu nota de repúdio à decisão do Carrefour, afirmando que a fala do CEO da rede de supermercados reflete “opinião e temores infundados”.

Por Gustavo Zucchi

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