O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira, 1º, que uma vitória da candidata democrata Kamala Harris contra Donald Trump, do Partido Republicano, nas eleições americanas do próximo dia 5 de novembro seria “muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos“.
“Sou amante da democracia. Acho que é o melhor sistema de governo que a sociedade construiu no mundo. Somente uma democracia faz com que um torneiro mecânico chegasse à presidência da República por três vezes. Ela permite aos contrários, os antagônicos, uma disputa civilizada na discussão de ideias, sem violência“, disse em seu preâmbulo durante entrevista ao canal francês TF1, antes de arrematar:
“Acho que a Kamala ganhando as eleições, é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos.”
Esse trecho da entrevista foi replicado, entre outros, no perfil do petista no X.
Sem novidade
A rejeição de Lula a Trump não é novidade. Após o atentado sofrido pelo ex-presidente durante um comício na Pensilvânia, o presidente brasileiro condenou a ação criminosa, mas destacou que Trump tentaria “explorar isso“:
“Eu, sinceramente, acho que o Trump vai tentar tirar proveito disso. Aquela foto dele com o braço erguido, aquilo se fosse encomendado não saía melhor. Mas de qualquer forma ele vai explorar isso, disse o petista.
E a autodeterminação dos povos?
Lula se acostumou a se esquivar de perguntas sobre o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, entre outras ditaduras amigas do petismo, recorrendo ao discurso do respeito à autodeterminação dos povos.
Na hora de palpitar sobre uma democracia, como a dos Estados
Unidos, some a preocupação com a soberania alheia — e também com os problemas
que suas declarações podem vir a trazer para a diplomacia brasileira caso Trump
ganhe a eleição de terça-feira, 5.
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