O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda-feira, 25, que a “democracia está fortíssima” e que “não vê risco à democracia“, em meio ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 36 pessoas em uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Segundo Temer, o indiciamento de Bolsonaro no inquérito da Polícia Federal (PF) não é uma definição de culpa ou de absolvição:
Ninguém pode ser condenado previamente, nem absolvido previamente“, disse o ex-presidente durante lançamento do livro da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
8 de janeiro e Reforma da Previdência
Em evento na CNC (Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo) nesta segunda-feira, 25, Temer comparou os ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, com as manifestações contrárias à reforma da Previdência promovida por centrais sindicais no período em que foi presidente da República.
“Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros“, disse.
Temer já havia minimizado a possibilidade de um golpe de Estado no país.
Segundo ele, as ações “não vão adiante porque não há clima no país”. Ele seguiu: “E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer.
Na visão do ex-presidente, os militares indiciados não conseguiriam dar um “golpe de Estado” sem apoio das lideranças do Exército Brasileiro:
“Não foi a instituição como um todo. Seja Exército, Marinha, Aeronáutica, não participaram disso como instituição. Participaram figuras“, afirmou.
Por Antagonista
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