Os ministros das Relações Exteriores dos países do G7 emitiram uma nota conjunta em que condenam a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, apontando falta de legitimidade no processo eleitoral de 28 de julho de 2024.
No comunicado, as autoridades afirmam que “o povo venezuelano votou pela mudança pacificamente e em grande número”, com observadores independentes e registros eleitorais confirmando a vitória de Edmundo González Urrutia.
“O G7 rejeita a repressão contínua de Maduro e sua permanência no poder às custas dos venezuelanos, além de condenar a perseguição a membros da oposição, como a líder María Corina Machado”, afirma o texto.
A nota também destaca que González, apontado como vencedor legítimo das eleições, foi forçado a deixar o país.
Maduro tomou posse na última sexta-feira, 10, iniciando um novo mandato de seis anos. A cerimônia foi esvaziada de líderes internacionais e contou apenas com a presença de embaixadores de alguns países, como Brasil, México e Colômbia. O Chile optou por não enviar representantes.
Sanções
e pressão internacional
Os Estados Unidos e o Reino Unido ampliaram as sanções contra o regime de Maduro.
Washington incluiu oito altos funcionários venezuelanos na lista de congelamento de ativos e proibição de viagens, além de aumentar a recompensa pela captura de Maduro de US$ 15 milhões para US$ 25 milhões. Já Londres anunciou sanções contra 15 membros da cúpula chavista, acusando o governo de “fraude e repressão”.
A União Europeia também se manifestou, apontando que as autoridades venezuelanas “perderam uma oportunidade fundamental para assegurar uma transição democrática” e que Maduro não possui a legitimidade de um presidente democraticamente eleito.
Reconhecimento
de González
Países como Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Peru e Canadá reconheceram González como vencedor das eleições de 28 de julho. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Peru afirmou que a vitória de González reflete a vontade popular e criticou o descumprimento das leis eleitorais pelo regime de Maduro. O Brasil ainda não reconheceu González como presidente eleito da Venezuela.
Por Crusoé
0 Comentários