João Campos ganha destaque nacional e ganha mais proximidade a Lula

Em paralelo à pesquisa Genial/Quaest que revelou o aumento da rejeição do presidente Lula (PT) no Nordeste e a queda da aprovação geral no país – com a polêmica da fiscalização do Pix como pivô da maioria das avaliações negativas – o jornal O Globo publicou um perfil do prefeito João Campos (PSB), apontando-o como destaque da esquerda nacional, e ampliando o debate sobre suas pretensões à presidência da República.

O gestor recifense ganhou as manchetes de todo o país nas últimas semanas após membros de sua assessoria serem convidados a compor a Secretaria de Comunicação (Secom) comandada por Sidônio Palmeira. A estrategista Mariah Queiroz passou a coordenar as redes do petista, enquanto o marqueteiro Rafael Marroquim atua como conselheiro de comunicação.

A matéria, assinada pelo jornalista Caio Sartori, reconhece João Campos como “raro nome da esquerda conectado com as redes”, ambiente dominado pelo bolsonarismo. Sua competência no mundo digital “acudiu o Governo Lula”, que não sabe como levar o carisma do petista dos palanques aos ‘TikToks’.

Sem a idade mínima necessária para se arriscar à presidência – 35 anos – João Campos deve seguir os passos do pai ao Governo do Estado, mas prepara o terreno para alçar seu nome no cenário nacional. Em março, o socialista assume a presidência do PSB nacional e participará de perto da composição da estratégia partidária para 2026. Ele defende a candidatura de Lula, e não discute outros nomes.

O perfil define João como uma releitura de Eduardo Campos para a nova geração, mas com a possibilidade de um final feliz: sucedendo Lula na presidência como um nome pacificado da esquerda. Para o cientista político Hely Ferreira, a busca incessante pelo eleitorado por um sucessor moderno é um sintoma da polarização alimentada pelos próprios partidos.

“Lula e Bolsonaro se alimentam da polarização. Quanto mais as pessoas lembrarem dos dois, menos a possibilidade de surgir novos nomes que possam assombrar, no futuro, esses dois líderes políticos. A esquerda brasileira anda órfã. O PT, sendo o maior partido de esquerda no Brasil, não preparou nomes para suceder Lula e vive refém dele. Por isso que nomes como o de João Campos têm surgido”, analisou,

“O que fortalece a figura do prefeito do Recife é a capacidade que ele tem de se comunicar com as redes sociais, que isso tem sido um calo do sapato não só do governo Lula, mas da esquerda brasileira como um todo, a falta de comunicação ou uma melhor comunicação no ambiente das mídias digitais”, complementou.

Por: Guilherme Anjos

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