O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cogita mobilizar o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para viablizar sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026. A informação foi publicada pela empresa norte-americana Bloomberg e confirmada por interlocutores do ex-presidente.
Bolsonaro, no entanto, manteve o mistério quanto a um pedido que ele teria feito pela intervenção do presidente norte-americano sobre sua inelegibilidade.
“Eu não vou falar publicamente o que estou pedindo para o Trump, o que eu gostaria que ele fizesse”, disse em entrevista publicada pela Bloomerg.
O ex-presidente também traçou um paralelo entre acontecimentos políticos que coincidem com os marcos de sua carreira e os de Donald Trump.“Eu levei uma facada aqui, Trump levou um tiro lá. Ele teve 6 de janeiro, eu tive 8 de janeiro. Fiquei muito feliz com a anistia que ele deu a todos [envolvidos na invasão do Capitólio]. Eu espero que nós não tenhamos que chegar a eleger um conservador em 2026 para conseguir essa anistia”.
Negação
da democracia
Bolsonaro voltou a afirmar que, sem ele, o pleito eleitoral de 2026 não será democrático.
“Não tem cabimento o Lula concorrer no Brasil, ou um candidato indicado por ele, sem oposição. Hoje a oposição ao Lula sou eu. Qualquer outro nome tem o risco seríssimo de perder para ele”, afirmou. Para o ex-presidente, a exclusão de seu nome nas cédulas eleitorais significaria “negar a democracia”.
PF na
porta
O ex-mandatário também falou sobre estar preparado para uma nova visita da Polícia Federal à sua casa. “Eu durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h: ‘É a PF!” disse.
CPAC
EUA
Segundo a publicação, Bolsonaro deve fazer um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), pela permissão para deixar o Brasil e participar da Conservative Political Action Conference (CPAC), maior evento conservador do mundo, que ocorrerá em Washington, em fevereiro.
Ao pedir autorização para prestigiar a posse de Donald Trump, Bolsonaro teve pedido negado e seu passaporte se manteve retido por determinação do ministro do Supremo Tirbunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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