O
Canadá decidiu neste sábado, 1°, adotar tarifas sobre produtos norte-americanos
em retaliação às taxas anunciadas mais cedo pelo presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro canadense, Justin
Trudeau.
“O
Canadá imporá tarifas de 25% sobre um total de 155 bilhões de dólares
canadenses (cerca de US$ 106 bilhões) em produtos americanos”, afirmou o
primeiro-ministro.
A primeira rodada de tarifas afetará aproximadamente US$ 20 bilhões em produtos americanos na terça-feira, 4, quando começa a taxação dos produtos canadenses pelos EUA, e mais US$ 85 bilhões em três semanas.
Trudeau
pediu que os canadenses escolham produtos do próprio país e que renunciem ao
suco de laranja da Flórida, ao bourbon e à manteiga de amendoim do Kentucky, ao
uísque do Tennessee ou às férias nos Estados Unidos.
Ele
citou produtos de Estados cujos senadores são republicanos. Segundo ele, a
lista de tarifas do Canadá também incluiria produtos como cerveja, vinho,
vegetais, perfumes, roupas, sapatos, eletrodomésticos, móveis e equipamentos
esportivos, além de materiais como madeira e plásticos.
O
primeiro-ministro também disse que a melhor maneira de inaugurar uma era de
ouro para os Estados Unidos seria fazer uma parceria com o Canadá, que tem
minerais essenciais e outros ingredientes que a indústria americana precisa
para ter sucesso.
Trudeau
fez um apelo direto e emocional aos americanos, evocando os laços estreitos e a
história compartilhada dos países, incluindo os soldados canadenses que lutaram
e morreram ao lado de seus colegas americanos.
Ele
disse que o país está “perplexo” com o fato de que seus “amigos e vizinhos mais
próximos” estão optando por atacar o Canadá em vez de lidar com outras partes
mais “desafiadoras do mundo”.
E acrescentou: “Não creio que haja muitos americanos que acordem de manhã e digam: ‘Oh, droga, o Canadá. Oh, nós realmente deveríamos ir atrás do Canadá'”. Trudeau disse que está tentando falar ao telefone com o presidente Trump desde o dia da posse, mas não obteve sucesso./AFP e NYT
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