PDT e PSB seguem Centrão e cobram mais espaço no governo Lula


Partidos de centro-esquerda, o PDT de Ciro Gomes e o PSB de Geraldo Alckmin seguiram o Centrão e decidiram também cobrar mais espaços no governo Lula na reforma ministerial prometida pelo petista.

Novo líder do PDT na Câmara, o deputado federal Mário Heringer (PDT-MG) foi incumbido pelos colegas da bancada de levar ao Palácio do Planalto o pedido por mais um ministério.

Hoje o PDT tem apenas um ministério: o da Previdência Social, com Carlos Lupi. Deputados da sigla reclamam, porém, que a “pasta” não tem capilaridade política que permita entrega de obras.

Os pedetistas argumentam que a sigla merece mais espaço no governo tanto quanto partidos do Centrão, como PSD e União Brasil. Especialmente porque entrega 100% dos votos da bancada, ao contrário de outros siglas da base.

“Somos uma bancada que está na base do governo, entregamos os votos necessários quando o governo precisa, comparativamente com outras bancadas. Não vou cita nenhum aqui, que tem um espaço muito maior, maior número de deputados e entrega menos votos, em números absolutos. Então, temos que ser tratados com a deferência que merecemos. O partido não pode ser convidado para o baile e não ter o direito de dançar. Estou vendo um monte de partidos se movendo, e a pergunta que minha bancada fez é: vamos continuar imóveis no fundo da sala?”, disse à coluna o novo líder do PDT.

Segundo apurou a coluna, Heringer deve levar a demanda da bancada pedetista por mais espaço ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, nos próximos dias. Por ora, o partido diz ainda não ter demanda por um ministério específico.

PSB quer emplacar Tabata

O PSB, por sua vez, tem uma demanda mais específica. Lideranças do partido vêm atuando, nos bastidores, para emplacar a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) como ministra da Ciência e Tecnologia.

A pasta é comandada atualmente por Luciana Santos, do PCdoB. Mas, como vem noticiando a coluna, Lula avalia transferir Luciana para o Ministério das Mulheres, o que abriria vaga em Ciência e Tecnologia.

A ofensiva do PSB tem sido liderada por lideranças como o prefeito do Recife, João Campos, que é namorado de Tabata. O prefeito se reuniu com Lula no Palácio do Planalto em 16 de janeiro.

A demanda dos pessebistas por mais cargo acontece em meio a especulações de que a pasta poderá perder o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Como vem noticiando a coluna, o comando do chamado MDIC poderá ir parar nas mãos do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deixou no início de fevereiro a presidência do Senado.

Novo líder do PSB na Câmara e irmão do prefeito do Recife, o deputado federal Pedro Campos (PE) afirma que, mesmo que perca espaço, a legenda não deve deixar a base aliada do governo.

“A gente tem contribuído da forma como a gente é chamado a contribuir. Acho que nós temos, tanto dentro do ministério, como dentro do partido pessoas que têm capacidade de contribuir para o governo e que estão à disposição do governo. Então, a participação do PSB dentro de qualquer discussão de composição de governo é uma participação completamente propositiva”, disse o deputado.

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