Apesar das críticas de alguns filiados a esses tipos de levantamentos, o diretório nacional do PL de Jair Bolsonaro gastou ao menos R$ 8,3 milhões com pesquisas eleitorais e testes de opinião pública em 2024.
O montante foi calculado pela coluna com base em dados da prestação de contas apresentada pelo partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disponível no portal da transparência da Corte.
O gasto representa, até agora, a segunda maior despesa do PL ao longo de 2024, atrás apenas dos R$ 47,3 milhões despedidos pela direção da sigla com o Instituto Álvaro Valle, braço teórico da legenda.
Que instituto
de pesquisa mais recebeu do PL
Ao todo, o PL contratou ao menos 11 institutos de pesquisa. Dos R$ 8,3 milhões, mais da metade foram pagos a apenas uma empresa: a “Paraná Pesquisas”. A empresa recebeu sozinha R$ 4,3 milhões da sigla, em 87 parcelas.
Em segundo lugar, aparece a empresa “Brasmarket Análise e Investigação de Mercado”, a quem o PL pagou R$ 1,6 milhão por pesquisas, e “Nicolas de Souza Barros”, que recebeu R$ 1,096 milhão da legenda.
Procurada, a assessoria de imprensa do PL não respondeu. Lideranças da sigla, por sua vez, minimizam o gasto com pesquisas. Elas lembram que esses tipos de levantamento são caros e que 2024 foi um ano de eleições municipais.
PL e o fundo
partidário
Em 2024, o PL declarou ao TSE R$ 241,7 milhões em receitas. Desse total, R$ 239,8 milhões são oriundos do fundo partidário, abastecido com recursos públicos do Orçamento da União. O restante são de doações privadas.
Do total das receitas, a sigla já declarou ao TSE ter desembolsado R$ 203,8 milhões, dos quais 98,9% foram pagos com fundo partidário. A prestação de contas do PL ainda está aberta. O prazo final para conclusão é 30 de junho de 2025.
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