A dificuldade de Raquel na conexão com o eleitorado pernambucano

Apesar de mudar de partido e nomear aliados para cargos estratégicos, a governadora Raquel Lyra(PSD) não conseguiu avançar nas pesquisas no embate com João Campos(PSB). A falta de conexão com o eleitorado, somada a gestão que não conseguiu entregar resultados claros que encham os olhos da população, pode explicar a queda na sua aprovação. Nomeações políticas e trocas partidárias não impactam diretamente a vida das pessoas.

As movimentações de bastidor aparentam não convencer o público. A governadora enfrenta o desafio de reconquistar a confiança do eleitor antes que o cenário para 2026 se consolide de vez em torno do prefeito do Recife João Campos.

A recente pesquisa do instituto Real Time Big Data, divulgado nesta semana, é um alerta vermelho para o Palácio do Campo das Princesas, a pesquisa mostra que a desaprovação da governadora subiu para 49%, superando os 46% de aprovação. Em janeiro, os dois índices estavam empatados em 49%, sinalizando uma queda na aceitação de seu governo no início do terceiro ano de mandato.

As tentativas de reorganizar a base política — como a entrada em um novo partido e a distribuição de cargos a ex-prefeitos e ex-vereadores — não foram suficientes para conter o avanço do nome de João Campos (PSB), prefeito do Recife, que aparece como seu principal adversário na corrida para 2026. Campos atingiu impressionantes 77% de aprovação em sua gestão municipal, além de liderar com folga a disputa pelo Governo de Pernambuco, com 67% das intenções de voto no cenário estimulado — o que garantiria uma vitória em primeiro turno. Raquel, por sua vez, aparece com 22%. Gilson Machado Filho (PL) marca 5%.

A governadora precisa se aproximar da população com uma linguagem acessível e transparente. Ir além dos discursos institucionais e mostrar presença em pautas do dia a dia, especialmente nas periferias e no interior.

 Escrito por Claudemi Batista

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