A volta do PSB expõe a memória curta do eleitor pernambucano

A ascensão do prefeito do Recife João Campos (PSB) sobretudo, em sua movimentação como provável nome que irá confrontar a governadora Raquel Lyra(PSB) ao Governo de Pernambuco reacendem um velho debate: o eleitor pernambucano aparentam ter tem memória curta.

O Partido Socialista Brasileiro(PSB) governou Pernambuco por 16 anos, foi um período marcado por obras de impacto, sim, mas também por escândalos, promessas não cumpridas e um modelo de gestão fatiado, que deixou gargalos visíveis na saúde, segurança e mobilidade — muitos dos quais ainda são sentidos pela população, a exemplo das rodovias.

Mesmo assim, Campos — herdeiro direto desse legado — surge agora como o favorito para retornar ao Palácio do Campo das Princesas, liderando as intenções de voto com larga vantagem. Seu crescimento revela não apenas sua habilidade de comunicação e articulação, mas também um cenário onde o desgaste da gestão Raquel Lyra abre espaço para o retorno de um velho grupo político, mas não necessariamente renovado.

O discurso de “nova política” do PSB soa contraditório quando acompanhado da prática: os rostos são jovens, mas os métodos são antigos. O projeto que João Campos representa não é novo — é o mesmo que, por mais de uma década, deixou dívidas políticas e estruturais no estado, João é aliado de Paulo Câmara, ex-governador de Pernambuco, que ao fim dos seus 8 anos de gestão (2015–2022) foi marcada por desgaste, críticas à falta de protagonismo político e baixa popularidade.

A volta do PSB ao centro do poder pode ser lida como um recado claro: mais do que ideologia ou memória, o voto em Pernambuco tem sido ditado pela força da imagem e da propaganda. Resta saber se o eleitor, até 2026, irá olhar para frente — ou seguir repetindo velhos ciclos, esperando novos resultados de modelos já esgotados.

 Escrito por Claudemi Batista

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