Porque Gilson e Feitosa querem Cardint como candidato ao governo de PE

O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) confirmou que o Partido Liberal em Pernambuco discute internamente a possibilidade de lançar candidatura própria ao governo do estado nas eleições de 2026. Um dos nomes colocados à mesa é o do apresentador Cardinot, figura popular no estado e que vem sendo sondado como possível alternativa para encabeçar a chapa.

Apesar das movimentações, a declaração recente de Bolsonaro, em entrevista ao jornalista Magno Martins, lança dúvidas sobre a viabilidade de um projeto majoritário do PL em Pernambuco. “Acho que não temos nome para ganhar o governo no estado, meu interesse é Gilson no Senado”, afirmou Bolsonaro, deixando claro que sua prioridade é eleger Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo, para o Senado Federal.

Nos bastidores, a estratégia do bolsonarismo em PE tem se concentrado em uma lógica simples: promover o chamado "voto casado", estimulando o eleitor a escolher exclusivamente candidatos do PL para os cargos de deputado estadual, federal e Senado. O objetivo é consolidar a base eleitoral do partido, mesmo diante da dificuldade de romper a hegemonia de nomes fortes como o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra (PSD).

A avaliação é de que, sem um nome competitivo ao governo estadual, o PL corre o risco de dispersar votos — daí a tentativa de construir uma candidatura própria, mesmo que simbólica, para manter a coesão da base e fortalecer os candidatos proporcionais.

Anderson Ferreira, presidente estadual do PL e ex-candidato ao governo, tem adotado postura cautelosa. Sua presença em eventos ligados à governadora Raquel Lyra, como sua filiação ao PSD, vem sendo interpretada como um sinal de que ele pode não entrar diretamente na disputa majoritária, optando por uma composição estratégica em vez do enfrentamento direto.

Escrito por Claudemi Batista

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