Pastor Davi Nicoletti e esposa são acusados de negligência médica e irregularidades trabalhistas; líder evangélico também enfrenta investigação por lavagem de dinheiro

O pastor Davi Nicoletti e a esposa, pastora Cris Nicoletti, da Igreja Recomeçar em Foz do Iguaçu (PR), são acusados de negarem auxílio médico à ex-empregada doméstica que sofreu queda no trabalho em janeiro, resultando em fratura no joelho e cotovelo. Segundo a denúncia, o casal levou a mulher para a casa da irmã em vez de levá-la ao hospital, e não custeou o tratamento médico.
A ex-funcionária, contratada informalmente e sob condições consideradas irregulares, trabalhou cerca de 14 horas diárias por R$ 1,5 mil mensais, valor inferior ao salário-base. A ação trabalhista resultou em acordo extrajudicial de R$ 14 mil por danos morais, sem reconhecimento do vínculo empregatício.
Além disso, o pastor Nicoletti enfrenta investigações por suposta lavagem de dinheiro via a igreja, que teria recebido mais de R$ 4 milhões de um esquema de pirâmide financeira, o que ele nega.
Nicoletti gerou polêmica com declarações públicas dizendo “odiar pobre” e criticando a ajuda assistencial como “patrocínio à escravidão”. Ele afirmou que “Jesus nunca foi pobre” e defende que a mudança vem por meio da fé e não da esmola.
Em nota, o pastor afirmou que o acordo com a ex-funcionária seguiu o processo legal e que todos os direitos foram assegurados. Por Melissa DuarteTácio Lorran