Movimento do senador piauiense reflete estratégia pragmática para preservar influência política e evitar isolamento dentro do PP, enquanto caso André Fufuca reforça ponte com o governo petista

Nos bastidores da política do Piauí, ganha força a especulação de que o senador Ciro Nogueira (PP) estaria avaliando uma reaproximação com o presidente Lula (PT). O movimento seria uma alternativa caso não consiga viabilizar seu plano de ser vice-presidente em uma chapa da direita, possivelmente ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas eleições de 2026.
A informação, divulgada pelo Portal 180graus, circula entre prefeitos e lideranças do interior, que percebem uma mudança de postura do senador, historicamente ligado à direita e ao bolsonarismo.
Ciro tem histórico de pragmatismo político: apoiou o impeachment de Dilma em 2016, mas depois buscou diálogo com o PT.
Com a alta popularidade de Lula, especialmente no Piauí, Nogueira teme o isolamento político dentro do PP e a perda de influência eleitoral.
Prefeitos e lideranças do PP no estado já demonstram simpatia pelo presidente e por Rafael Fonteles, governador petista. Para Ciro Nogueira, a permanência de Fufuca no governo pode manter uma ponte estratégica com Lula, caso o petista se reeleja.
Ciro adota uma estratégia de sobrevivência: tenta equilibrar-se entre o campo bolsonarista e o lulista.
Seu objetivo principal é preservar influência nacional e garantir espaço nas eleições de 2026, seja como vice em uma chapa de direita, seja mantendo diálogo com o governo petista.