Fim das tarifas agrícolas é comemorado pelo governo enquanto Bolsonaro enfrenta possível prisão e aliados perdem força no Congresso

Os Estados Unidos anunciaram o fim das tarifas de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, medida vista como uma vitória diplomática do governo Lula e potencial trunfo para 2026. A decisão ocorre na mesma semana em que o STF tornou réu o deputado Eduardo Bolsonaro, acusado de atuar para que Washington impusesse sanções ao Brasil.
O bolsonarismo enfrenta um momento delicado: Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe, teve seu processo encaminhado para a fase de execução da pena, aumentando a possibilidade de prisão. No Congresso, a anistia ampla aos envolvidos no 8 de janeiro perdeu força, restando apenas discussões sobre redução de penas, mas o tema foi praticamente engavetado.
Líderes governistas comemoraram a retirada das tarifas e criticaram Eduardo Bolsonaro, afirmando que a política externa atual recupera a credibilidade do país. Já Eduardo atribuiu a decisão de Donald Trump ao combate à inflação nos EUA, e não à diplomacia brasileira.
O tarifaço havia sido anunciado em julho, quando Trump acusou o Brasil de perseguir Jair Bolsonaro e ameaçou tarifas de até 50%. Integrantes do governo Lula, como Gleisi Hoffmann, reiteraram que o recuo é resultado de diálogo diplomático e chamaram Bolsonaro e aliados de “traidores da pátria”.
Do Metrópoles