Flávio Bolsonaro afirma que ex-presidente enfrenta tratamento mais rigoroso que criminosos e critica decisões do STF sobre prisão e tornozeleira eletrônica

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente as condições de prisão do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, detido na Polícia Federal em Brasília, afirmando que o tratamento é mais rigoroso do que o destinado a traficantes e membros de facções criminosas. Em entrevista ao Flow Podcast, ele revelou que a família tem acesso restrito à rotina do ex-presidente, que se recusa a consumir a comida fornecida pela prisão, recebendo as refeições apenas de pessoas autorizadas pelo STF, incluindo o irmão de Michelle Bolsonaro, Carlos Eduardo Antunes. Bolsonaro só pode receber visitas familiares uma vez por semana, por até 30 minutos, seguindo protocolos rígidos da Polícia Federal.
Flávio também questionou a data da prisão do pai, ocorrida em 22 de novembro, sugerindo que a decisão já estava tomada antes da vigília que ele havia convocado, utilizada como argumento na decisão judicial. Ele criticou ainda o episódio envolvendo a tornozeleira eletrônica, alegando que o vazamento de informações buscava constranger o ex-presidente, que passava por crises de dor e foi medicado incorretamente, causando paranoia.
Além de expor o tratamento a Bolsonaro, Flávio tem atuado como porta-voz da família, criticando o STF e qualificando a prisão como injusta e motivada por perseguição política. Ao mesmo tempo, tenta equilibrar o discurso entre acenos ao núcleo radical da base bolsonarista e posicionamentos mais moderados, defendendo, inclusive, a aprovação de anistia para condenados pelos atos golpistas e buscando se desvincular de responsabilidades jurídicas relacionadas à vigília.
Uol