Por meio da desestabilização institucional e da exploração do medo, aliados da direita radical articulam um retorno ao poder com base no caos e no discurso populista

A aliança entre Eduardo Bolsonaro(PL) e Donald Trump não é apenas um alinhamento ideológico, mas uma estratégia clara e calculada que mira o caos como ferramenta política de olho nas eleições de 2026. Ambos têm apostado em narrativas incendiárias e em ataques sistemáticos às instituições democráticas, com o claro objetivo de desestabilizar o cenário político no Brasil. Com ajuda dos EUA Eduardo Bolsonaro quer enfraquecer a confiança nas instituições, nos processos eleitorais do país e até mesmo na soberania nacional diante de temas como tarifas e relações internacionais, a intenção é clara: gerar confusão, medo e divisão. Nesse ambiente turbulento, Eduardo calcula se apresentar como o “salvador da pátria” — com a ideia de por a casa em ordem.
Esse tipo de estratégia, alguns aliados do bolsonarismo veem como perigoso porque alimenta o ressentimento social e mina a democracia por dentro, usando justamente os seus mecanismos — como a liberdade de expressão — para corroê-la. Eduardo Bolsonaro repete a cartilha trumpista ao promover teorias conspiratórias, tensionar o discurso público e tratar adversários políticos como inimigos da nação. Ao invés de contribuir com soluções reais para os problemas do país, aposta-se no desgaste do atual governo para lucrar politicamente com o eventual colapso institucional.
Além do alinhamento ideológico e político, o interesse obvio dos EUA no Brasil, sobretudo, envolve a riqueza mineral estratégica do país, que inclui reservas essenciais para a indústria tecnológica e militar, como lítio, nióbio, terras raras e outros minerais críticos. Esses recursos são cada vez mais disputados no cenário global, especialmente em meio à competição geopolítica entre EUA, China e Rússia. Um governo alinhado aos EUA facilitaria o acesso e controle dessas reservas, garantindo vantagens econômicas e estratégicas para Washington, além de enfraquecer a influência de potências rivais na região.
Por: CLAUDEMI BATISTA