A defesa do ex-ministro do GSI afirma que ele só recebeu o diagnóstico recentemente e questiona informações divergentes do laudo do Exército, enquanto aguarda decisão sobre prisão domiciliar

A defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, informou ao STF que ele foi diagnosticado com a doença de Alzheimer apenas no início deste ano, contestando informações anteriores de que teria a doença desde 2018. O esclarecimento foi apresentado após o ministro Alexandre de Moraes solicitar laudos médicos para decidir sobre o pedido de transferência de Heleno do Comando Militar do Planalto para prisão domiciliar.
O general de 78 anos foi condenado a 21 anos de prisão em regime inicialmente fechado por participação no plano de golpe de Estado de 2022 e começou a cumprir a pena no dia 25 de setembro. A defesa argumenta que, devido à idade avançada e à condição de saúde debilitada, ele deveria cumprir a pena em casa, sob supervisão médica.
Segundo o advogado Matheus Milanez, houve um possível equívoco na perícia do Exército, que indicou Alzheimer desde 2018. A defesa esclarece que Heleno possui acompanhamento médico desde 2018, mas só recebeu o diagnóstico formal neste ano. O equívoco, segundo a defesa, pode ter ocorrido durante o exame de corpo de delito, quando o general, por limitações da doença, não conseguiu fornecer informações precisas sobre datas. CNN