Decisão histórica ocorre em meio à ofensiva militar israelense em Gaza e à pressão dos EUA para barrar reconhecimento internacional da Palestina

Neste domingo (21/9), Reino Unido e Portugal reconhecerão oficialmente o Estado da Palestina, apesar da oposição dos EUA e de Israel. A medida ocorre em meio à intensificação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza e à crescente preocupação internacional com a crise humanitária e a ameaça à solução de dois Estados.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, decidiu seguir com o reconhecimento diante da recusa de Israel em adotar medidas como o cessar-fogo. Em Portugal, o Ministério das Relações Exteriores justificou a decisão pelos “desenvolvimentos extremamente preocupantes” no conflito.
A medida é simbólica, mas representa uma crescente pressão internacional sobre Israel. Cerca de dez países devem oficializar o reconhecimento do Estado Palestino na Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (22/9), durante cúpula copresidida por França e Arábia Saudita.
O vice-premiê britânico, David Lammy, destacou que o reconhecimento é uma resposta à expansão de assentamentos israelenses e à violência na Cisjordânia, como o projeto E1, que ameaça dividir o território palestino. Enquanto isso, Israel mantém ofensiva em Gaza, acusada por uma comissão da ONU de cometer genocídio — alegação negada por Tel Aviv. Por RFI