Países europeus alertam para riscos de instabilidade, suspensão de voos, possíveis ações militares e falta de serviços básicos no território venezuelano

A França e a Alemanha emitiram alertas desaconselhando viagens à Venezuela após o aumento da pressão militar dos Estados Unidos no Caribe. O governo francês pediu que todas as viagens ao país sejam adiadas e orientou os cidadãos a verificarem a situação dos voos, já que várias companhias suspenderam operações para Caracas. Em resposta, a Venezuela revogou as licenças de seis empresas aéreas, entre elas Gol e Latam, por não retomarem os voos.
A França também publicou orientações para quem já está na Venezuela, recomendando evitar manifestações políticas, portar documentação válida e se preparar para problemas recorrentes de abastecimento, como falta de energia, água e combustível. Os cidadãos foram orientados a identificar pontos de suprimento e manter estoques de itens essenciais, especialmente fora da região de Caracas.
A Alemanha, por sua vez, atualizou suas diretrizes relembrando o decreto de estado de exceção assinado por Nicolás Maduro, que pode ampliar os poderes do governo, fechar fronteiras e controlar toda a infraestrutura nacional em caso de agressão externa. O país destaca ainda a situação de segurança “tensa”, o risco de escalada militar, altos índices de violência e possibilidade de prisão de estrangeiros. Por isso, recomenda evitar aglomerações, manifestações e fotografar forças de segurança ou instalações oficiais. Enquanto isso, a autoridade de aviação venezuelana acusou as companhias aéreas de aderirem a ações de “terrorismo de Estado” dos EUA ao suspenderem voos de forma unilateral. CNN