Após acordo com o Japão, presidente dos EUA reforça política comercial agressiva, reduz tarifas para aliados e impõe taxa de 50% sobre produtos brasileiros

O presidente Donald Trump anunciou que só reduzirá tarifas comerciais de países que abrirem seus mercados para os Estados Unidos. A declaração ocorreu após um acordo com o Japão, que cortou suas tarifas de 25% para 15% e ampliará as importações de produtos americanos como carros, arroz e itens agrícolas. Trump afirmou que isso impulsionará a economia americana com mais empregos, renda e investimentos — estimados em US$ 550 bilhões, dos quais 90% ficariam nos EUA.
Trump também reduziu tarifas para Filipinas (de 20% para 19%) e Indonésia (de 32% para 19%), mas manteve altas taxas para o Brasil, que enfrenta uma tarifa de 50%. O Brasil foi o país mais afetado pelas sanções comerciais recentes. No total, 24 países, incluindo o bloco europeu, foram taxados.
O foco tarifário de Trump tem se voltado contra países do BRICS, como Brasil, Rússia (ameaçada com 100% de tarifas) e China (que teve tarifas inicialmente de 140%, reduzidas para 30% após negociações). O governo brasileiro tem protestado, mas busca negociar para reverter as sanções.
Por Caio Ramos