Os interesses de Trump e da China tornam a eleição de 2026 um capítulo decisivo na disputa por influência global

A recente reação do governo Trump à decisão do STF contra Bolsonaro não é apenas uma demonstração de apoio pessoal, mas um movimento geopolítico estratégico. Ao condenar publicamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes e ameaçar sanções, os EUA sinalizam que o Brasil está no radar do jogo de poder internacional. Trump claramente prepara o terreno para ter um aliado direto no Planalto em 2026 — e Bolsonaro, mesmo enfraquecido, continua sendo seu representante natural. O objetivo é manter influência no maior país da América do Sul, conter o avanço da esquerda e equilibrar o tabuleiro global diante da crescente presença chinesa, Trump não esconde para ninguém que quer ditar as regras no Brasil direto da Casa Branca.
Do outro lado, a China tenta se mexer para que o Brasil tenha a sua independência e de alguma forma tem seus interesses bem estabelecidos no Brasil, especialmente nas áreas de infraestrutura, energia e tecnologia. Pequim joga silenciosamente, mas com eficácia, apoiando governos mais pragmáticos e abertos à cooperação econômica. Em 2026, a eleição presidencial brasileira será mais do que uma disputa interna: será um reflexo direto da disputa entre duas potências globais por influência no hemisfério sul. Chegará as eleições 2026 e o eleitor brasileiro, certamente nem perceba, esse jogo geopolítico cada vez mais explícito.
Por: CLAUDEMI BATISTA