Áudios vazados implicam a irmã do presidente, Karina Milei, e o assessor Eduardo Menem em esquema milionário de corrupção na compra de medicamentos para pessoas com deficiência

A dois meses das eleições legislativas, o governo de Javier Milei enfrenta um escândalo de corrupção envolvendo seu círculo mais próximo. Áudios vazados atribuídos a Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis) e amigo pessoal de Milei, acusam Karina Milei, irmã do presidente, e Eduardo “Lule” Menem, subsecretário do governo, de participação em um esquema de propinas em contratos de medicamentos, com ganhos de até US$ 800 mil mensais.
Karina e Menem teriam recebido 8% em propinas sobre contratos superfaturados com a indústria farmacêutica. O caso foi revelado em 20 de agosto e gerou forte repercussão na Argentina. Milei demitiu Spagnuolo e anunciou intervenção na Andis, mas ainda não comentou diretamente as acusações. Karina também segue em silêncio.
A Justiça já realizou operações de busca e apreensão e investiga a veracidade dos áudios. O escândalo ocorre em meio à queda de popularidade de Milei e pode impactar as eleições legislativas de outubro e a disputa pelo governo de Buenos Aires. Por Deutsche Welle