O governador de São Paulo se reúne com Edson Fachin e Kassio Nunes Marques para tratar de questões fiscais e busca reconstruir pontes com a Corte após críticas feitas durante o 7 de Setembro, de olho em sua projeção para 2026

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (29) pela primeira vez após os ataques que fez à Corte durante o 7 de Setembro, quando defendeu anistia aos condenados por tentativa de golpe e chamou o ministro Alexandre de Moraes de tirano.
A visita marca uma tentativa de reaproximação com o Judiciário. Tarcísio será recebido pelo presidente do STF, Edson Fachin, às 19h30, para discutir uma disputa bilionária entre o Estado de São Paulo e a Rodopetro Distribuidora de Petróleo, que obteve uma liminar suspendendo o pagamento de ICMS.
Antes, o governador se reunirá com o ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro, para tratar de benefícios fiscais e da Lei das Subvenções, que muda regras de tributação de incentivos concedidos pelos estados.
Tarcísio busca reconstruir pontes com o STF após meses de tensão. Durante a posse de Fachin em setembro, ele esteve em Brasília, mas não compareceu ao evento, optando por visitar Bolsonaro, em prisão domiciliar.
A reaproximação tem também motivações políticas: Tarcísio mantém planos de disputar a Presidência em 2026, e tanto Fachin (no STF) quanto Nunes Marques (no TSE) terão papéis centrais nas decisões sobre o processo eleitoral.
Ele será acompanhado pela procuradora-geral do Estado, Inês Coimbra, e pelo chefe do escritório paulista em Brasília, Vicente Santini. do Uol