Movimentações em torno da CPI expõem disputas políticas que já projetam as eleições de 2026 e 2028 em Gravatá

A CPI da Educação aprovada pela Câmara municipal de Gravatá-PE tem muito mais cheiro de movimentação eleitoral do que de preocupação real com a educação no município. Embora a fiscalização seja uma função legítima dos vereadores, o contexto e os personagens envolvidos entregam muito do que está por trás da CPI.
A secretária de Educação, Joselma Melo, não se escondeu. Foi à Câmara, prestou esclarecimentos, se colocou à disposição. Ainda assim, a CPI foi aprovada — com participação de nomes como Léo do Ar (PP), presidente da Câmara e opositor declarado do prefeito Padre Joselito (Avante), e da vereadora Ninha Professora (PSB), que já comandou a mesma pasta e, à época, teve sua gestão marcada por questionamentos e contratos polêmicos.
Curiosamente, quando Ninha estava à frente da Secretaria, os problemas não motivaram nenhuma CPI. Mas agora, em meio a uma gestão que tem mantido salários em dia e promovido avanços, resolveram abrir uma investigação.
Para os governistas, o verdadeiro alvo dessa movimentação é Viviane Facundes, secretária de Obras e primeira-dama. Com atuação destacada e o nome cada vez mais ventilado para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2026, ela aparece como uma ameaça política real. E, como na política nada é por acaso, tudo indica que a CPI também serve para desgastar não apenas o governo, mas principalmente a imagem da primeira-dama.
A oposição, de olho em 2026 e 2028, se move de forma estratégica para tentar enfraquecer o grupo que hoje está no comando da cidade.
Por Claudemi Batista